segunda-feira, 3 de agosto de 2015
terça-feira, 28 de abril de 2015
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Morte, a minha
A morte já não me assusta mais
Porque qualquer que seja sua forma, dor
Com você, sei que esterei em paz
Porque qualquer que seja sua forma, dor
Com você, sei que esterei em paz
terça-feira, 14 de abril de 2015
Tudo
Você me ensinou quase tudo que sei
E tudo que sou
Mais do que qualquer livro
Professor ou faculdade
E me ensinou também
A mais dolorida e absurda
Forma de saudade
E tudo que sou
Mais do que qualquer livro
Professor ou faculdade
E me ensinou também
A mais dolorida e absurda
Forma de saudade
terça-feira, 31 de março de 2015
Sem
A falta que eu sinto
Não se traduz em saudade
Não é passível de definição
Nem com mil palavras
Se explica com facilidade
Não cabe em noite, nem dia
Muito menos nisto aqui
Que arrisco chamar de poesia
Não se traduz em saudade
Não é passível de definição
Nem com mil palavras
Se explica com facilidade
Não cabe em noite, nem dia
Muito menos nisto aqui
Que arrisco chamar de poesia
domingo, 29 de março de 2015
Ode a Curitiba
luz que se apaga mais cedo
no sol que se põe no concreto
ruas que sentem meu medo
no passo de um futuro incerto
chuva fina e insistente
acinzenta o dia, rega as calçadas
na mesma intensidade
que chovem minhas lágrimas
cidade que amadureceu meus sentidos
acolheu meus tormentos
fez de mim, Grande, pequena
e testemunhou inesgotáveis sofrimentos
não sei se te amo, te odeio
doce, amarga
Curitiba.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Mais
É muito mais do que saudade;
é um vazio sem fundo
uma dor que machuca o corpo
fere a alma
e tira a cor da vida.
é um vazio sem fundo
uma dor que machuca o corpo
fere a alma
e tira a cor da vida.
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
24 anos
Pela primeira vez
Vejo no passado
Muito mais beleza
Do que no futuro
Pela primeira vez
Tenho saudade de ser quem eu era
E me entristece pensar em quem sou
Pela primeira vez
Vejo no tempo um carrasco
E ao mesmo tempo um abrigo
17 anos
Hoje achei o texto que fiz pro meu discurso de formatura no Ensino Médio.
E muita coisa que se aplicava a minha vida com 17 anos continua valendo agora, com 23 (quase 24).
E muita coisa que se aplicava a minha vida com 17 anos continua valendo agora, com 23 (quase 24).
Quando criança, eu ouvia histórias de guerreiros em seus
cavalos brancos alados. Aprendia que se João tinha oito maças e comia uma,
ficava com sete. Entendia que as plantas precisavam de chuva para viver e que
esta também era de extrema importância para os seres humanos. Observava o
arco-íris e almejava tocá-lo, deslumbrada por sua magia colorida. Hoje eu sei
que os verdadeiros guerreiros não possuem cavalos mágicos. Sei também que a
matemática é muito mais complicada do que eu poderia sequer imaginar. Entendo
que as plantas também precisam de sol e que as cores do arco-íris são meras
manifestações ópticas. Tive a chance de um bom estudo, que muitos não têm.
Aprendi e cresci muito dentro da minha liberdade.
No entanto, não posso ser leviana a ponto de supor que nós,
por sermos jovens, cheios de saúde e bem-educados, nunca tenhamos passado por
dificuldades e decepções. Talento e inteligência, infelizmente, não são capazes
de nos tornar imunes aos descasos da vida e estou certa de que a de ninguém
aqui tenha sido de alegria ininterrupta.
Este ano foi a maior prova de superação que pudemos dar a
nós mesmos e as pessoas ao nosso redor. Estamos, agora, dando o último passo
neste caminho que esteve repleto de rosas e espinhos. Fomos motivados tanto
pelo medo de fracassar quanto pelo desejo de vencer. Esta parte de nossa
história se completa por uma sucessão de vitórias e derrotas. E, sem dúvidas,
isto nos ajudou a crescer, construir nosso caráter e nos tornamos quem somos
hoje, aqui e agora.
Mas, afinal, quem somos nós? Somos nossas lembranças, nossas
lágrimas e sorrisos. Somos a sinceridade dos amigos que fizemos e dos amores
que vivemos. Somos a dor pelas vezes que fracassamos e a euforia dos momentos
de glória. Somos os nuances de nosso humor e a capacidade de enfrentar os
desafios. Somos o desejo de independência e a dependência do amor. Somos o
despertar das manhãs com o jovem brilho do sol que vimos nascer tantas vezes e
que fazia nascer também nossa esperança de um futuro promissor, embora incerto.
Somos guerreiros incansáveis na luta pelos nossos ideais. Somos o conhecimento
que adquirimos mediante livros e aulas aparentemente intermináveis, mas que
valeram a pena. Somos os meninos e meninas, os homens e mulheres, as noites e
os dias. Somos todos mundos a parte, cada qual com sua essência e seus anseios.
Hoje, aqui, somos os formandos do Colégio Lobo que se
completam por aquilo que fizeram, sentiram e sonharam.
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