domingo, 28 de julho de 2013

Das cartas que nunca enviei

01
A saudade morreu jovem, nem chegou a crescer. Já veio outra mais intensa e difícil de reprimir. Uma saudade boa, mas que dá medo... Medo que se torne eterna, sem nem sequer se fazer ausente. As coisas boas e simples já me trazem essa saudade. Desde a lua alta dos fins de semana, até a luta do lençol pra pousar na cama, porque seria bom deixam essa saudade morrer ali. Saudade é boa quando tem hora pra acabar. Mas nem sei do nosso tempo, da nossa hora. Por enquanto alimento essa saudade, mesmo sem querer.

02
Quero dar o meu melhor. Mas até o meu melhor parece pouco pra tanta intensidade. Vai ver eu sou vazia e nunca parei pra me reparar e me preencher. Você seria uma ótima forma de preenchimento. Mas quem sabe se encha do meu vazio antes disso acontecer...

03
Eu queria poder retribuir o tanto que você tem pra me ensinar e me mostrar. Mas eu sou tão crua... Não vi nada ainda. Nem vivi. Com você ao meu lado seria uma boa chance pra começar.

04
Eu quero ser a sua escolha... Eu tenho um universo lindo pra te fazer conhecer. Todo aqui, dentro de mim.

05
Estou muito ansiosa pra começar uma história que teve um prefácio conturbado. Mas prefácios não são a essência dos livros. O que vale são os capítulos, um a um, que podemos escrever a quatro mãos daqui pra frente...

06
Já nem sei mais como pensar. Conviver com a espera e o futuro em utopia passou a ser um hábito. Tudo que pra você é complicado demais, pra mim paira na simplicidade. É dolorido se sentir à mercê de uma escolha alheia. Principalmente porque os ventos, ou toda essa tempestade, correm contra mim. E o pior é saber que é isso que te deixa cada dia mais vivo dentro de mim...

07
Eu não quero mais que nenhum dos nossos beijos tenham gosto de último. Quero beijos com gosto de amanhã. E depois... e depois... e depois...

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