sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Destinos do destino (ou do acaso)

Um caminho é seguro, sem buracos, sem pedras, quase como viajar em pista dupla de Guarapuava até a praia pela 277 em uma segunda feira gelada de julho. A segurança de apenas seguir em frente, com uma paisagem corrida pelas laterais, a qual mal pode ser observada. Um destino certo, uma estrada morna, a certeza de um porto seguro pra abarcar. Não nego que o destino seja bonito, agradável e cômodo. Mas e quem disse que essa monotonia combina comigo?


O outro caminho é nebuloso, limpo e suave, mas também cheio de desníveis. Abriga uma paisagem linda, que pode ser observada com calma, já que as curvas não comportam um trajeto em alta velocidade. Um caminho para ser apreciado. Só que, quando chove, fica perigoso. À noite, a linda paisagem se torna assustadora, cheia de fantasmas do passado que me assombram os olhos. Só que o frio na barriga das curvas me encharca de adrenalina. Me faz ter vontade de continuar caminhando, só pra descobrir a próxima paisagem de um roteiro sem destino certo. Isso me inspira, me faz vontade de cantar, escrever, de pular em casa sozinha na explosão do refrão de uma música bonita.

Um novo destino pelo mesmo caminho. Quem sabe? Um destino de incertezas, mas com o doce sabor da imaginação e dos sonhos.


PR 466 - Trajeto Guarapuava-Pitanga (Foto: Luciana Grande)


2 comentários:

  1. Lembrei que tinha um blog, certa vez. Descobri a senha dele e acho que começarei a postar lá novamente. Decidi visitar alguns blogs e vi que o seu está atualizado. Gostei desse texto sobre o destino, o acaso ou seja lá o que for.

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  2. Acho digno.
    Blogs são ótimos pra desabafar esses sentimentos chatos que incomodam.
    E só tá atualizado porque eu tô me sentindo assim, porque se eu tô feliz não fico inspirada...
    Paradoxos da vida, hehehe.
    Vou acompanhar tuas atualizações :P

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