segunda-feira, 13 de julho de 2009

Último beijo

Quem me dera se consiguisse fazer da minha vida uma melodia dançante, mesmo com a poesia triste que a compõe, tal como na música "Last Kiss" do Pearl Jam. O tema é a a morte, sendo que ao ouví-la tenho vontade de cantar com todo pulmão e vibrar meu corpo naquele ritmo convidativo. Talvez essa seja uma virtude nobre demais para consciências tão narcisistas, como a minha. Acabo transformando qualquer mínimo sentimento de solidão em um drama trágico de Shakespeare. Acabo esquecendo que é possível dançar mesmo a mais triste das poesias e que os momentos mais sublimes discorrem-se em silêncio. Acabo por acabar-me em sonhos mal sonhados, pensamentos mal pensados e abstratos demais pra um coração tão clássico. Clássico e com uma pegada de rock'n roll, samba e bossa nova.

Sabe do que mais? Que seja aquele, então, o útlimo beijo. Assim posso, ao menos, transformar o momento em dança no meu pensamento. Afinal, verdade é aquilo em que acredito, não o que me dizem.

sábado, 11 de julho de 2009

Callípolis é possível?

Apesar de parecer ultrapassado, maçante e piegas, a reflexão sobre como viver melhor já data de muitos séculos. Desde quando os antepassados pensavam uma sociedade mais humana, em que todos tivessem o mínimo necessário para viver em harmonia. Os pensadores, como Platão, já chegaram a limitar o numero de pessoas para uma cidade que almeja ordem e igualdade. Hoje, pois, é preciso buscar essa harmonia numa sociedade mundial que já soma mais de seis bilhões de habitantes. Estes, distribuídos em diversas nações, várias religiões e inúmeras culturas. Todas submetidas a legislações que se contrapõem à medida que o mundo se globaliza.
Já houve períodos na história em que todas as regras da sociedade estavam estruturadas nos dogmas religiosos. Códigos de ética eram impostos, dizendo que a boa conduta só existia diante do medo da punição do “Ser Supremo”. Este, por sua vez, analisado sempre como tirano e rigoroso no julgamento. As pessoas acreditavam que o mundo melhor só viria após a morte, deixando para trás uma série de privações e sofrimentos necessários para a purificação de uma alma que já nascera contaminada. Nesse período, porém, alguns filósofos já começaram a desenvolver teorias que demonstravam maneiras para viver melhor.
Séculos mais tarde, após tempos de escuridão, repressão e conflitos entre potências, as perspectivas para um mundo melhor cresceram. De fato esteve-se a beira de uma Terceira Guerra Mundial. No entanto, ela só foi adiada ou evitada porque os seres humanos começaram a enxergar o planeta como a única fonte de energia para se viver bem. Tirou-se o foco da busca pelo paraíso após a morte para encontrá-lo aqui mesmo.
O mundo se tornou o centro das atenções, unindo várias nações e as incentivando a buscar políticas de convivência entre humanos e a natureza. Incluiu-se no código de ética muito mais do comportamento humano política e ecologicamente correto do que algo que comparasse os homens a deuses.
Os seres humanos são perecíveis e finitos e precisam pensar como tal. O diferencial está na existência das três virtudes mencionadas por Platão na cidade ideal; sabedoria, força e moderação.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Apeteço

Esperei-te
Em cada raiar de sol
Ao passo da dança sem música
Embalada ao som do silêncio

Esperei-te
No tempo palpável aos sonhos
Infinito ao coração
Estreito à realidade

Esperei-te
Em suas desventuras
Insanas incertezas
Desencontro de consciências

Esperei-te
Enquanto dissolvia-se no horizonte
Aquém de meu bem-querer
Ao sol de raios cansados

Esqueci-te.

Lucy no céu com palavras

Um blog sem pretensões, estreito a uma forma midiática de registrar idéias num arquivo mais concreto que a mente humana.
Eu sou Lucy, estudante de jornalismo e sem diamantes, mas repleta de palavras e pensamentos que me levam ao céu todos os dias.
E são estes pensamentos, traduzidos sob formas de palavras, que procurarei retratar aqui, coloridos pelo azul do céu que há dentro de mim, seja em dias de sol ou tempestade.

Elevo-me pela pureza dos sonhos que permitem voar de olhos fechados.