terça-feira, 31 de março de 2015

Sem

A falta que eu sinto
Não se traduz em saudade
Não é passível de definição
Nem com mil palavras
Se explica com facilidade
Não cabe em noite, nem dia
Muito menos nisto aqui
Que arrisco chamar de poesia

domingo, 29 de março de 2015

Ode a Curitiba

luz que se apaga mais cedo
no sol que se põe no concreto
ruas que sentem meu medo
no passo de um futuro incerto

chuva fina e insistente
acinzenta o dia, rega as calçadas
na mesma intensidade
que chovem minhas lágrimas

cidade que amadureceu meus sentidos
acolheu meus tormentos
fez de mim, Grande, pequena
e testemunhou inesgotáveis sofrimentos

inventiva, destrutiva
não sei se te amo, te odeio
doce, amarga
Curitiba.